quinta-feira, 23 de abril de 2009

ESTAMOS FADADOS A ISSO


Quem disse que é fácil ser alvinegro?
Permitam que eu explique o início da minha paixão pelo glorioso time da Estrela Solitária. Em minha infância no início da década de 90 meus tios entre outros parentes aproveitaram do desinteresse de meu pai por futebol, para tentar me comprar na base da chantagem. Não faltaram convites para que eu me tornasse flamenguista, vascaíno ou mesmo santista. Ao mesmo tempo em que recusava a todas estas camisas, uma outra de listras em preto e branco me chamava a atenção. Foi como amor a primeira vista, você bate os olhos e quando menos espera já está apaixonado.

Para se ter uma idéia, minhas lembranças mais antigas como torcedor do Botafogo, é justamente na bela campanha de 1992 do Campeonato Brasileiro. Mesmo sem lembrar fielmente de cada detalhe, me recordo dos primeiros ídolos que guardei na memória. A começar pelo veloz Valdeir, a quem chamavam de The Flash. Impressionante era a sua agilidade e sua competência. Gostava também do goleiro Ricardo Cruz e do artilheiro Chicão. Mas como todos bem sabemos, aquele time brilhante atropelou todo mundo até chegar na final. Daí em diante sabemos bem do triste desfecho, cujo prefiro não entrar em detalhes. Mas desta maneira traumática começou minha história alvinegra.

Nada é fácil na vida de um botafoguense. Convivemos com uma intensa paixão marcada por perdas e decepções. É claro que temos muito a se vangloriar, mas não tanto quanto gostaríamos. Acho que somos o time mais imprevisível deste planeta, capaz de vencer o líder de uma competição e ao mesmo tempo tropeçar diante do lanterna. Somos dignos de construir uma campanha impecável e posteriormente entregar o título de bandeja para um rival. Ser alvinegro, é conviver com o improvável, com o inesperado e às vezes com a superação. Durante anos estivemos a beira do esquecimento, chegando até a segunda divisão. Hoje resgatamos parte do prestígio perdido e ganhamos o respeito dos adversários.

Se temos o respeito de volta, o próximo passo é se consolidar no topo. Precisamos de títulos, pois faz muito tempo que estamos na fila para continuar desta maneira. Chega de errar na hora H. Gostei das palavras do Leandro Guerreiro nesta semana, “Chega de ser vice”. O mais velho e regular jogador do elenco sabe do sentimento do torcedor, pois esteve presente em todos os títulos que deixamos de levantar nestes últimos anos. Sabemos que tecnicamente estamos abaixo do nosso rival, mas isso pode se tornar um mero detalhe se houver dedicação por parte dos nossos atletas, que foi o que faltou no último domingo. Só peço amor à camisa e respeito à torcida, que não merece uma nova decepção.

4 comentários:

1982 Esporte Clube disse...

Me lembro bem daquele Botafogo do final dos anos 80-início dos 90. Tinha um ataque muito veloz. Além do Valdeir, tinha o Vivinho, o Carlos Alberto Dias...Chegou a ter a dupla de zaga formada por Gottardo e Mauro Galvão...O excelente lateral-direito Paulo Roberto que depois virou reserva do Winck e veio para o Cruzeiro.
Bons tempos!!!

Dessa vez tem que dá Botafogo. Não é possível, meu caro Gonzaga! FORTE ABRAÇO!

Fdiego disse...

Fernando você digitou "percas" ao invés de "perdas". Sei que o "c" fica próximo do "d" no teclado... e sei também que a convivência com torcedores do lixo nos torna um pouco menos inteligentes! ;) Abraço e saudações botafoguenses!

Persio Presotto disse...

Vamos GANHAR, FERNANDOOOOOOOO!!!!!!!
Abraço, PP

Vinicius Grissi disse...

O Botafogo precisa de concentração e apoio total nestes dois jogos. Nova derrota para o Flamengo pode complicar todo o planejamento. Em caso de vitória, o crescimento continua.