
Há duas grandes contradições dentro do futebol brasileiro. A primeira é o pragmático jogo de resultado, que embora não despertam elogios nem aplausos, é um sistema de jogar precavido, sendo a virtude principal a de se defender para depois atacar. A outra versão presente, presa pelo jogo bonito, a ofensividade, seja ela por meio de variações táticas ou através de talentos capazes de proporcionarem jogadas e situações de gol.
Estes distintos sistemas de jogo sempre fazem referência a Copa do Mundo de 1982, cujo Brasil contava com um acervo de craques, aptos a decidirem à partida em um lance, mas que ficou conhecida pelo fracasso diante da seleção italiana do nosso algoz Paulo Rossi. Em contrapartida, a equipe brasileira de 1994 que se classificou ao mundial apenas na última rodada das eliminatórias, aplicando seu pobre futebol, aos trancos e barrancos chegou à épica conquista do tetracampeonato.
Nos dias atuais, os técnicos brasileiros estão muito mais suscetíveis ao segundo modelo, que é o futebol de resultado. Grande exemplo é o bicampeão nacional, o São Paulo, que de sua forma cautelosa de jogar, vence no cansaço seus adversários. Com uma defesa composta por três muralhas, protegidas por dois volantes e mais a cobertura de seus alas, se limita a criar jogada de bola alçada na área. É uma forma carente de praticar o futebol, mas que quase sempre resulta em títulos.
Geralmente os técnicos divergentes deste sistema, são tachados de malucos, que não se preocupam com a defesa, apenas em atacar e acabam não tendo vida longa pelos clubes. Este modelo foi a fiel cópia do que foram os campeonatos europeus da década passada. Pois atualmente o sistema já é outro. Raras as equipes que escalam três zagueiros, a ordem da vez, é formar um meio de campo em linha, com gente capaz de marcar tão bem quanto atacar. Aquela figura do volante que apenas cobre os avanços dos laterais já perdeu espaço faz tempo. A Europa com seu poder de compra sobre sul-americanos e africanos, busca atletas que se encaixem neste novo padrão.
Imagine a seleção brasileira de 1970 ou de 1958, tendo no ataque gente do cacife de Pelé, Garrincha, Jairzinho entre outros, esperando serem municiados por Gilberto Silva, Mineiro e Josué. Com certeza hoje, não estaríamos com cinco estrelas no peito. A nossa forma de jogo intrínseca na alma dos brasileiros, está perdendo a vez para uma maneira ultrapassada que nem os europeus exercem mais. Aqui no Brasil há uma obsessão em copiar tudo que existe lá. O detalhe é que quando imitamos algo por aqui, lá o modelo já é pré-histórico.
O Campeonato Brasileiro é um dos mais disputados do planeta, com diversas equipes em condições de levantar a taça, sim, isto é inegável. O que é desanimador é o nível técnico exibido. Nossos talentos precocemente deixam os clubes, vislumbrados por atuar fora, mesmo que isso signifique atuar em longínquas terras, como Ucrânia e o próprio mundo árabe. O retrospecto dos últimos destaques de cada campeonato, é assustador. É cada vez mais normal, um latino do Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e até Colômbia, reinarem em solo brasileiro. Valdívia, Tévez, Maldonado e Lugano são recentes exemplos. Sem discutir a qualidade dos boleiros vizinhos, mas é um absurdo jogadores refugos da América ditarem as regras por aqui.
A alta demanda de exportação nos obriga a recorrer à importação latina americana. Todos estes fatores contribuem para o enfraquecimento do nosso futebol. A seleção nacional deixou á tempos de ser a soberana de qual todos haviam medo. Até Venezuela, Equador e Bolívia nos enfrentam de igual pra igual em seus domínios. O pior de tudo, é que na concepção de CBF e comissão técnica, estamos certo em respeitar e ser cautelosos quando confrontamos uma destas seleções. Isso nunca existiu. O Brasil sempre jogou avançado seja quem fosse o rival. O que não queria dizer que sempre vencia, mas ao menos, aplicava seu futebol de origem. Atacava primeiro e depois se preocupava em defender, se impondo como o país pentacampeão que é.
Agora quando assistimos derrotas para Venezuela e Paraguai, parece que jogamos nossa história no lixo. Nossas conquistas e glórias não bastaram para servir de modelo. O futebol brasileiro não cativa mais ninguém. Torcedores de clube não trocam mais a partida do seu time pela seleção, tão pouco os jogadores consagrados, que a uma convocação precisam deixar seu trono para servir aos interesses econômicos e políticos da CBF e da Nike, com seus amistosos caça-níqueis.
Enquanto um time pragmático como o São Paulo continuar se consagrando no futebol brasileiro, a seleção será sua imagem semelhança. Ainda que, o clube paulista, mesmo que de forma feia, mantém seu torcedor como aliado. Já nossa seleção, cada vez mais ganha a discórdia e desconfiança do povo brasileiro. Quando abrimos mão de Kaká e Ronaldinho Gaúcho, parece que descobrimos a galinha dos ovos de ouro, o que não é verdade. Transferir a responsabilidade para o esforçado porém limitado Diego, ou apontar o “peladeiro” Robinho, que é apenas uma opção no banco de reservas do Real Madrid, como estrela da constelação, é porque estamos sem rumo.
Ao invés de imitar sistema tático ou forma de jogo da Europa, por que não copiamos a organização fora dos gramados, dentro da gestão das federações e dos próprios clubes. Isto sim deveria se espelhar no que eles têm de melhor. Não a maneira de atuar nos gramados, que nunca serviu de parâmetro, ainda mais para nós. Se eles fossem tão exemplares, não viriam aqui levar nossos talentos ainda moleques para seu continente. O exemplo a seguir deveria se restringir a extra campo, pois dentro dele, nunca precisamos de auxílio e com certeza não será agora que isso irá acrescentar ou agregar algo ao nosso futebol.
Nos dias atuais, os técnicos brasileiros estão muito mais suscetíveis ao segundo modelo, que é o futebol de resultado. Grande exemplo é o bicampeão nacional, o São Paulo, que de sua forma cautelosa de jogar, vence no cansaço seus adversários. Com uma defesa composta por três muralhas, protegidas por dois volantes e mais a cobertura de seus alas, se limita a criar jogada de bola alçada na área. É uma forma carente de praticar o futebol, mas que quase sempre resulta em títulos.
Geralmente os técnicos divergentes deste sistema, são tachados de malucos, que não se preocupam com a defesa, apenas em atacar e acabam não tendo vida longa pelos clubes. Este modelo foi a fiel cópia do que foram os campeonatos europeus da década passada. Pois atualmente o sistema já é outro. Raras as equipes que escalam três zagueiros, a ordem da vez, é formar um meio de campo em linha, com gente capaz de marcar tão bem quanto atacar. Aquela figura do volante que apenas cobre os avanços dos laterais já perdeu espaço faz tempo. A Europa com seu poder de compra sobre sul-americanos e africanos, busca atletas que se encaixem neste novo padrão.
Imagine a seleção brasileira de 1970 ou de 1958, tendo no ataque gente do cacife de Pelé, Garrincha, Jairzinho entre outros, esperando serem municiados por Gilberto Silva, Mineiro e Josué. Com certeza hoje, não estaríamos com cinco estrelas no peito. A nossa forma de jogo intrínseca na alma dos brasileiros, está perdendo a vez para uma maneira ultrapassada que nem os europeus exercem mais. Aqui no Brasil há uma obsessão em copiar tudo que existe lá. O detalhe é que quando imitamos algo por aqui, lá o modelo já é pré-histórico.
O Campeonato Brasileiro é um dos mais disputados do planeta, com diversas equipes em condições de levantar a taça, sim, isto é inegável. O que é desanimador é o nível técnico exibido. Nossos talentos precocemente deixam os clubes, vislumbrados por atuar fora, mesmo que isso signifique atuar em longínquas terras, como Ucrânia e o próprio mundo árabe. O retrospecto dos últimos destaques de cada campeonato, é assustador. É cada vez mais normal, um latino do Chile, Argentina, Paraguai, Uruguai e até Colômbia, reinarem em solo brasileiro. Valdívia, Tévez, Maldonado e Lugano são recentes exemplos. Sem discutir a qualidade dos boleiros vizinhos, mas é um absurdo jogadores refugos da América ditarem as regras por aqui.
A alta demanda de exportação nos obriga a recorrer à importação latina americana. Todos estes fatores contribuem para o enfraquecimento do nosso futebol. A seleção nacional deixou á tempos de ser a soberana de qual todos haviam medo. Até Venezuela, Equador e Bolívia nos enfrentam de igual pra igual em seus domínios. O pior de tudo, é que na concepção de CBF e comissão técnica, estamos certo em respeitar e ser cautelosos quando confrontamos uma destas seleções. Isso nunca existiu. O Brasil sempre jogou avançado seja quem fosse o rival. O que não queria dizer que sempre vencia, mas ao menos, aplicava seu futebol de origem. Atacava primeiro e depois se preocupava em defender, se impondo como o país pentacampeão que é.
Agora quando assistimos derrotas para Venezuela e Paraguai, parece que jogamos nossa história no lixo. Nossas conquistas e glórias não bastaram para servir de modelo. O futebol brasileiro não cativa mais ninguém. Torcedores de clube não trocam mais a partida do seu time pela seleção, tão pouco os jogadores consagrados, que a uma convocação precisam deixar seu trono para servir aos interesses econômicos e políticos da CBF e da Nike, com seus amistosos caça-níqueis.
Enquanto um time pragmático como o São Paulo continuar se consagrando no futebol brasileiro, a seleção será sua imagem semelhança. Ainda que, o clube paulista, mesmo que de forma feia, mantém seu torcedor como aliado. Já nossa seleção, cada vez mais ganha a discórdia e desconfiança do povo brasileiro. Quando abrimos mão de Kaká e Ronaldinho Gaúcho, parece que descobrimos a galinha dos ovos de ouro, o que não é verdade. Transferir a responsabilidade para o esforçado porém limitado Diego, ou apontar o “peladeiro” Robinho, que é apenas uma opção no banco de reservas do Real Madrid, como estrela da constelação, é porque estamos sem rumo.
Ao invés de imitar sistema tático ou forma de jogo da Europa, por que não copiamos a organização fora dos gramados, dentro da gestão das federações e dos próprios clubes. Isto sim deveria se espelhar no que eles têm de melhor. Não a maneira de atuar nos gramados, que nunca serviu de parâmetro, ainda mais para nós. Se eles fossem tão exemplares, não viriam aqui levar nossos talentos ainda moleques para seu continente. O exemplo a seguir deveria se restringir a extra campo, pois dentro dele, nunca precisamos de auxílio e com certeza não será agora que isso irá acrescentar ou agregar algo ao nosso futebol.
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