quarta-feira, 6 de agosto de 2008

POBRE TORCEDOR!



A atual situação de vacas magras em que se encontram os clubes brasileiros, obriga dirigentes a buscarem alternativas rentáveis de manter o patrimônio. Como a fonte de renda é boa parte fruto das cotas de TV ou da transferência de jogadores, os departamentos de marketing começam a tomar medidas procedentes da Europa. A comercialização de produtos com a marca do clube, especialmente, a constante revitalização do uniforme. As camisas sequer duram uma temporada e são substituídas por novos modelos.
Cada vez menos, o torcedor que economiza para adquirir uma camisa oficial do seu time de coração, terá sua camisa atualizada. No máximo por alguns meses. As gestões das equipes se mostram favoráveis a todo este abuso e exploração do seu próprio torcedor. Um exemplo recente provindo da Espanha, quando o Real Madrid obteve um retorno financeiro acima do esperado, em relação à aquisição milionária do astro David Beckham, comprado do Manchester United. O clube espanhol lucrou com a negociação, apenas com as vendas de camisa do inglês, estampado pelo seu nome e do número 23.
Outro exemplo provindo da Espanha, onde o Barcelona a cada temporada, lança um segundo uniforme diferente, a última temporada vestiu o azul-turquesa. Aqui no Brasil, esta moda está pegando. Os clubes estão deixando os valores tradicionais de lado, para terem um novo produto a venda no mercado. O caso do Palmeiras, que lançou neste ano, o uniforme três, um amarelo marca texto que dói na vista, mas que foi aprovado pela torcida. Seu rival Corinthians, em alusão ao corintiano roxo, lançou sua camisa degenerada na cor roxa. Apesar de não utilizar com freqüência nos jogos, à torcida também aderiu.
Imagine uma breve final de Campeonato Paulista, com o Morumbi lotado, estampado pelas cores amarelo e roxo, quem irá entender. O alviverde e ao alvinegro são inerentes a isso tudo. As glórias e a tradição destes clubes foram construídas pelo verde de um lado e do preto do outro. Sob o aspecto de comercialização até se torna admissível. Mas deixa a camisa alternativa pro torcedor, para o treino ou um jogo festivo, sem comprometer a história das equipes. É positivo os departamentos alcançarem soluções para os problemas financeiros, mas sem desrespeitar as tradicionais cores dos clubes.

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu gosto das camisas!! Derrepente não utilizar em finais e clássicos. Mas a tempos que as mesmas vem sendo utilizadas, por exemplo a laranja do Fluminense e no mundo Europeu também. Anteriormente o palmeiras já teve uma cinza na era Diadora que para mim mostram a modernização e o dinamismo que este esporte pode alcançar.