quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O destino da Taça Libertadores

Desde que teve início esse imbróglio envolvendo a CONMEBOL e CBF em torno do tal G-4 que virou G-3 e agora voltou a ser G-4, comecei a atrelar algumas pequenas informações e sinceramente não compreendi, o destino que se encaminhava o principal torneio de clubes do continente, a Taça Libertadores da América. Seria tão simples e sensato se a Confederação priorizasse os critérios técnicos e distribuísse o número de vagas aos países conforme o desempenho, ou mesmo o ranking das seleções. Porém a entidade prefere atender a seus interesses comerciais e, portanto abre brechas para certas mutações no campeonato continental.

Países

Número de vagas

Títulos

Vice-campeonatos

Brasil

5

14

15

Argentina

5

22

8

Uruguai

4

8

7

Paraguai

3

3

3

Colômbia

3

2

7

Equador

3

1

2

Chile

3

1

5

Peru

2

0

2

Venezuela

2

0

0

Bolívia

2

0

0

Depois de analisar um pouco, cheguei à simples conclusão de que seria muito mais justo se a CONMEBOL adotasse um ranking de títulos por países, para contemplar seus respectivos clubes. Por exemplo, pelo número de conquistas e vice-campeonatos, seria mais do que cabível, que Brasil e Argentina fossem privilegiados com 5 vagas no torneio. Fato que inclusive melhoraria o nível técnico e aumentaria o grau de dificuldade da competição. Pela ordem lógica, o Uruguai com 8 títulos e 7 vices seria o país premiado com 4 vagas. Paraguai, Colômbia, Equador e Chile teriam direito a 3 vagas, por serem países que já ergueram o caneco pelo menos uma vez. Peru, Venezuela e Bolívia, todos sem conquistas alguma, desfrutariam de míseras 2 vagas.

Alguém poderia lembrar, mas e as equipes mexicanas! Pois bem. Os times do México que se explodam e vão se contentar em disputar a Liga dos Campeões da CONCACAF, que é o caminho para eles chegarem até o mundial de clubes. Além de pouco acrescentar ao torneio Sul-Americano, os clubes do México obrigam os adversários a viajarem milhares de quilômetros para enfrentá-los. Está na hora desta marmelada da CONMEBOL terminar, e a competição mais importante do continente ser disputada por quem de fato faz parte da Confederação.


Um comentário:

Victor disse...

Mas a distribuição de vagas por títulos não iria gerar como efeito da garantia de mais vagas, maiores investimentos dos clubes desses Países, e por sua vez com mais times e times mais caros aumentariam a distância para os demais tornando não a Competição com maior nível técnico, mas mais desequilibrada?